Antes de mais nada, ouça o som de um "V8"....nem preciso dizer que voce vai perceber o porque dessa paixão mundial por esse monstro...
(lá embaixo tem mais videos)
A Historia:
Essa história começou quando o primeiro motor com cilindros dispostos em "V" foi construído em fins de 1890 pelo alemão Gottlieb Daimler. Era um bi-cilíndrico com 3,5 cv de potência. Daimler, nascido na Alemanha em 1834, trabalhou anteriormente com Nikolaus August Otto (criador do motor de 4 tempos) até em 1872, quando então resolveu abrir sua
própria oficina, perto de Stuttgart. Lá passou a contar com a colaboração de Wilhelm Maybach, outro técnico formado também nas oficinas de Otto.
Nesse mesmo ano funcionou o primeiro motor Daimler-Maybach. Em comparação com o motor fabricado por Otto,
que funcionava a 200 rpm, o Daimler-Maybach era um motor ligeiro e de alta velocidade que alcançava mais de 900
rpm. Este motor foi posteriormente instalado numa carruagem rudimentar a que foram retirados os varais. Os motores
Daimler iam sendo constantemente aperfeiçoados e passaram a ser alimentados por um carburador de concepção
revolucionária, desenhado por Wilhelm Maybach.
Vários construtores se baseram nesse modelo, como o Francês Lavousieur. De maneira geral, todos eram grandes e
aos poucos foram ganhando mais cilindros. Foram surgindo V4, V6, V8, e não pararam por aí... Construtores dessa
época também fizeram motores V12 e até mais, arrefecidos a ar ou a água. Porém eram sempre montados em
esquemas multi-blocos, unindo-se por exemplo, dois blocos de quatro cilindros para se chegar a um motor em "V" com
oito cilindros.
Na indústria automobilística, os motores com cilindros dispostos em "V' só se tornou real quando o progresso tecno-
lógico permitiu a construção desses motores em um bloco único. A pioneira nisso foi a indústria norte-americana, entre
1906 e 1914. O grande sucesso, contudo, aconteceu somente na década de 30, quando marcas importantes como Ford,
General Motors e Chrysler passaram adotá-lo em seus carros.
Projetistas e construtores se convenceram com das várias vantagens que superavam o motor de cilindros em linha.
Podemos enumerar algumas:
- Torque maior e com curva mais homogênea, não apenas por estar ligado ao número de cilindros, mas também ao
ângulo do "V".
- Menor nível de vibrações e de ruído proporcionalmente ao motor em linha com mesmo número de cilindros, devido
a um maior equilíbrio rotacional. Corresponde na prática, a dois motores postos lado a lado, o que permite compensar
os esforços provocados pelo movimento alternado dos pistões.
- Blocos menores, mais leves e compactos, propiciando cofres de motor menores e frentes mais baixas, favorecendo
a aerodinâmica. O motor GM 350-V8, por exemplo, possui um bloco muito mais leve que seu conhecido 6 cilindros em
linha.
- Encurtamento do virabrequim: as bielas podem trabalhar muito mais próximas, tornando-o mais resistente e mais
leve.
- Maior facilidade de refrigeração em decorrência de suas proporções mais distribuídas.
- Para os casos de motores que usam carburador ou injeção monoponto, a disposição próxima dos cilindros contribui
para uma melhor distribuição da mistura ar/combustível.
Inúmeros testes e experiências foram feitos ao longo dos anos, desde a invenção da arquitetura em "V". Motores que
iam de 2 até 16 cilindros foram utilizados em diversos carros pela Europa e Estados Unidos, todos com suas devidas
vantagens e desvantagens. Entretanto, nenhum conseguiu uma relação custo/benefício tão significativa quanto o bloco de
oito cilindros.
O fato é que a proposta da arquitetura 8 cilindros em "V" mudou a história do automobilismo mundial, equipando
desde modelos mais singelos de passeio, até os velozes bólidos da F-1.
Um videozinho de um camaro V8 com Supercharger:
E os bichões ainda empinam por causa do torque:
Ainda conseguem fazer quase 500km/h em 4,5 segundos...
Algumas fotos diversas... clicar para dar zoom
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