:: texto escrito por Osvaldo Shimoda ::
Praga de mãe pega? E de sogra?
Em verdade, a praga pega quando lhe damos poder, isto é, acreditamos nas pessoas que rogam a praga. Nesse sentido, é comum muitas pessoas - no imaginário, no inconsciente coletivo -, acreditarem, darem poder às crendices, às superstições.
Tais crenças acabam fazendo parte da cultura de um povo, pois são cultivadas e passadas por várias gerações.
Quem já não ouviu o comentário: Fulano(a) jogou uma praga e por isso a minha vida está emperrada, não anda.
Quando uma pessoa nos odeia e pragueja contra nós (envia vibrações mentais de ódio, de maldição), se nos impressionamos, dando importância às suas palavras e ficando temerosos, é evidente que com isso ficaremos vulneráveis, e a praga nos trará dano.
Não obstante, quero ressaltar que a praga nos pegou não pelo poder do praguejador, mas pelo temor, pelo poder que demos a ele.
Neste aspecto, as pragas pegam na proporção do medo que sentimos, ao acreditarmos nas palavras proferidas por outrem. Vendo desta forma, as vibrações mentais negativas de uma praga não passam de mera fumaça, ilusão, de superstição.
Certa ocasião, um paciente me disse na entrevista inicial de avaliação: Eu evito usar cueca vermelha porque percebi que ela me causa impotência sexual. Portanto, ele atribuía à cor vermelha da cueca a causa de sua disfunção erétil.
Em verdade, as superstições tem sua origem nos dogmas religiosos.
Desde a antiguidade, lideres religiosos se aproveitavam das crendices para manter o poder sob o povo, controlando as pessoas pelo medo, pela idéia do pecado, da culpa. Portanto, se utilizavam (e ainda hoje se utilizam) do expediente do medo para infundir na mente das pessoas o temor a Deus e ao mal.
A bem da verdade, ninguém tem o poder de mudar, de influenciar as nossas vidas a não ser nós mesmos.
Assim também ocorre em relação à hipnose. O hipnotizador não tem o poder de hipnotizar uma pessoa se esta não deixar, não permitir ser hipnotizada. Se o mesmo não consentir, não quiser, não haverá a indução, o aprofundamento hipnótico.
É comum muitos acreditarem que o hipnotizador tem poderes especiais, dons paranormais para influenciar as pessoas a seu bel prazer; é um grande mito, uma inverdade.
Na realidade, o que existe de fato é a auto-hipnose, pois o hipnotizador é apenas um facilitador da indução hipnótica do hipnotizado. Por conta dessas falácias, muitos pacientes me procuram temerosos querendo que eu esclareça melhor, com mais detalhes, como funciona a técnica da hipnose no processo regressivo.
É um desserviço certos profissionais aparecerem na mídia televisiva fazendo demonstrações circense de seus poderes hipnóticos. Evidentemente, isso só vem a reforçar o temor, a desconfiança da população acerca da hipnose, ou seja, o receio de ser controlado e ficar totalmente à mercê do hipnotizador. Daí a pergunta clássica de muitos: Não é perigoso eu dormir na hipnose e não acordar mais?
O mesmo ocorre quando o assunto é sobre Regressão de Memória e a existência dos Espíritos.
O saudoso Dr. Hernani Guimarães Andrade, grande pesquisador brasileiro da Reencarnação, autor de vários livros sobre o assunto, fez uma advertência aos que querem se iniciar nas pesquisas da Reencarnação dentro de uma metodologia científica: Entram em jogo o emocional e as neuroses do observador e do observado, as paixões, as crenças, os preconceitos e um número imenso de elementos perturbadores, que normalmente invalidam tudo, até provas indiscutíveis.
O físico Albert Einstein dizia que É mais fácil quebrar o núcleo de um átomo do que os preconceitos humanos. No meu entender, é preciso adotamos uma atitude científica em nossas vidas, e não precisa ser cientista para isso.
Atitude científica é o bom senso sistematizado, é ser criterioso, cuidadoso, responsável, tomar cuidado com o que você acredita.
É não entrar no achismo (eu acho que...) ou no alguém falou que... sem ter a própria vivência, experiência a respeito de um determinado assunto. É sermos livres pensadores sem nos prendermos a dogmas religiosos, filosóficos ou científicos.
O grande fisiologista Claude Bernard disse em seu livro Introdução ao Método Científico: Quando um fato contraria uma teoria dominante, abandone essa teoria e conserve esse fato mesmo que essa teoria seja defendida pelas maiores autoridades da época.
Segui o seu conselho, abandonei a psicologia tradicional (era antes psicanalista), pois os fatos, as evidências clinicas, os relatos de meus pacientes ao se submeterem à regressão de memória iam frontalmente contra o que aprendi na Faculdade de Psicologia a respeito da psique humana.
Não fui treinado a lidar com espíritos obsessores, vida após a morte, reencarnação, mundo espiritual, mentores espirituais, doenças e relacionamentos cármicos, leis espirituais, etc. Não me ensinaram a ter fé na vida e na nossa essência divina, ou que somos espíritos imortais, seres de luz, uma fagulha de Deus.
Na vivência terapêutica com os mentores espirituais de meus pacientes, passei a acreditar no poder do amor, do bem, da positividade, nas presenças espirituais amigas do Astral Superior e, principalmente, no nosso Criador, em transformar profundamente as nossas vidas. E acabei criando a minha própria abordagem terapêutica: A Terapia Regressiva Evolutiva (TRE). Nesta nova abordagem terapêutica, busco resgatar o sentido original da palavra Terapeuta que na Grécia Antiga é aquele que conduz até Deus, ou seja, aquele que leva o paciente a redescobrir a sua natureza divina.
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