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domingo, 27 de fevereiro de 2011

G. Romero, Zumbis e suas probabilidades...


George A Romero é um cineasta americano/canadense nascido em 1940 e mundialmente conhecido pela sua série de filmes “… of the Dead”.  Citando Quentin Tarantino, o A deGeorge A Romero significa “A Fuckin Genious”. Não estou aqui para contestar mr. Tarantino.
Romero, conhecido pelo público como o Avô dos mortos-vivos é o responsável  pelos zumbis como nós os conhecemos hoje.  No período do cinema de terror que antecede o primeiro filme dele, podemos chamá-lo de P.R. (pré-Romero), o conceito de zumbis era completamente diferente. Eles eram corpos reanimados através de magia-negra e voodoo para servirem de escravos para seus mestres humanos. Exemplos disto estão nos filmes White Zombie (1932) e Revenge of the Zombies (1943).
Então, no final da década de 60, Romero e mais 9 amigos juntaram 600 dólares cada um e fundaram a Image Ten Productions, e com o montante de 6 mil dólares produziram o filme, dirigido por Romero, que viria a ser o divisor de águas na história dos filmes de terror. Night of the Living Dead foi filmado em preto e branco e lançado nos cinemas em 1968, se tornou um clássico cult e o filme que definiu os paradigmas do cinema de terror, vistos até hoje. Nele os zumbis receberam a forma que os consagrou, sendo pessoas normais que morreram e voltaram a vida para se alimentar dos vivos.
Dawn of the Dead Poster
Uma década após o sucesso de Night of the Dead, e após dirigir alguns outros filmes de terror menos festejados,Romero brinda o mundo com aquele que  provavelmente seja o mais notório filme de zumbis de todos os tempos:Dawn of the Dead (Madrugada dos Mortos). Com um orçamento de 500 mil dólares, Romero fez 55 milhões e amarrou o burro na sombra. Mas ele nunca pararia por ai (thank god). Em 1985, a trilogia dos mortos seria completa com o excelente Day of the Dead. Sacou? Night – Dawn – Day (ahm ahm?).
Romero chegou a dizer que não estava mais interessado em filmes de zumbis, quando lhe foi oferecido a direção do primeiro filme da gloriosa franquia de video-games (altamente influenciada por seu trabalho) Resident Evil. Porém, em 2005, logo após ter visto seu clássico Dawn of the Dead voltar as telas repaginado por Zack Snyder, Romero voltou a ativa e lançou seu Land of the Dead. E que ótima surpresa, Romero ainda sabe melhor do que ninguém escrever e dirigir filmes sobre nossos queridos zumbis, sem soar lame nem se auto-copiar. Então, em 2007, Romero lançou Diary of the Dead. O filme foi feito com cameras amadoras, mostrando o registro de um grupo de jovens sobre os acontecimentos do outbreak de zumbis. Pode soar heresia para os fãs die-hard, mas na minha humilde opinião, Diary of the Dead é o melhor filme da carreira de Romero. Sim, me processe. E por fim, em 2009 Romero lançou Survival of the Dead, que foi o primeiro caso de ‘spin-off’ dos filmes de Romero, pois o filme se cruza com Diary of the Dead em determinado momento.
Diary of the DeadO mais interessante nos filmes de George A Romero, além claro, do gore, sangue, e jeitos criativos de abater criaturas morto-vivas, são as sátiras sociais, e o humor negro presente na obra do tiozinho.
Em Night of the Living Dead, Romero sofreu muitas críticas por sua explícita similaridade com a guerra do Vietnam. Já Dawn of the Dead é notoriamente conhecido por ser uma grande metáfora para a cultura americana do consumismo e uma crítica àsgrandes corporações e a decadência social e intelectual da década de 70. Day of the Dead faz duras críticas ao comportamento dos militares e seus confrontos e intolerância para com a ciência.
Land of the Dead é uma grande crítica à segregação social e disputa de classes que acontece na sociedade,  transportada para uma realidade onde os mortos-vivos tomaram o mundo e os seres humanos que restaram têm de se agrupar e organizar para sobreviverem.
Diary of the Dead é o caso mais interessante e profundo. Romero não intencionou continuar a franquia ‘of the dead’ mas sim, ‘bater a poeira e reinventar o mito’. Além disso, mostrou toda sua versatilidade ao utilizar elementos atuais no filme, como a internet, os blogs e o youtube, e como estes mecanismos de informação instantânea seriam utilizados no evento de um outbreak de zumbis. Porém a verdadeira face do filme se desenvolve na crítica social por trás da câmera. Um dos personagens é um cineasta e durante todo o filme ele não consegue tirar a camera de diante dos seus olhos, como uma forma de manter-se alheio à tudo o que acontece a sua volta. Foi a forma que Romero encontrou de nos mostrar como a tecnologia e as ferramentas eletrônicas que dispomos hoje nos alheiam à realidade ao nosso redor, criando um mundo seguro e isolado para cada indivíduo. Brilhante, perspicaz e relevante. Se não acredita, pegue qualquer livro de algum filósofo ou sociólogo que aborde o tema, como Pierre Lévy e faça uma analogia para com Diary of the Dead.
Romero tem mais de duas dezenas de filmes no  seu currículo, alguns tão geniais quanto estes, outros nem tanto, mas isto é assunto para uma próxima vez. Se você nunca viu nenhum filme do Vovô dos Zumbis faça-o agora. Mas faça-o direito, com a mente aberta, pois terá mais chances de entender a genialidade por trás da maquiagem e do sangue.
When there’s no more room in hell, the dead will walk the Earth.” Peter – Dawn of the Dead

Agora falemos sobre os zumbis e a probabilidade de uma real infestação!


Quem me conhece sabe que eu particularmente adoro esse assunto...

Um zumbi é uma criatura fictícia que aparece nos livros e na cultura popular tipicamente como um morto reanimado ou um ser humanoirracional. Histórias de zumbis têm origem no sistema de crenças espirituais do Vodu afro-caribenhos, que contam sobre trabalhadores controlados por um poderoso feiticeiro.

Esta criatura é um ser humano dado como morto que, segundo a crença popular, foi posteriormente desenterrado e reanimado por meios desconhecidos. Devido à ausência de oxigênio na tumba, os mortos vivos seriam reanimados com morte cerebral e permaneceriam em estado catatônico, criando insegurança, medo e comendo os vivos que capturam. Como exemplo desses meios, pode-se citar um ritualnecromântico, realizado com o intuito maligno de servidão ao seu invocador.

game de PC
Os filmes que deram destaque ao survival horror ( zombies ) são conhecidos no mundo todo e ganharam uma legião de fãs, tempos mais tardes foram criados jogos de console e pc que tinham zumbis como personagens principal (stubbs the zombie) ou secundario (resident evil e etc...), e inclusive em homenagem criaram o Zombie Walk:

Zombie Walk
Zombie Walk é um movimento público organizado por um grande grupo de pessoas que se vestem de zumbis. Geralmente caminhando ou correndo por grandes centros urbanos, os participantes organizam uma rota através das ruas da cidade, passando por shoppingsparques e outros locais com grande público.
O evento é promovido via internet ou através de flyerscartazes etc. As Zombie Walks são consideradas por muitos participantes como um evento underground. Durante o evento, os participantes se caracterizam como zumbis e se comunicam como zumbis (iguais aos filmes de horror), grunhindo, gemendo e gritando "miolos" ou "cérebros".

Zombie Walk SP
Uma das primeiras Zombie Walks ocorreu em Outubro de 2003, em TorontoCanadá, com apenas seis participantes, e obteve grande repercussão. Em 27 de Agosto de 2005 ocorreu em Vancouver a primeira Zombie Walk em grande escala, com mais de 400 participantes caminhando por mais de 35 quadras no centro da cidade. A primeira Zombie Walk realizada no Brasil foi em Belém, em 29 de Outubro de 2006. Em muitas outras cidades pelo mundo estão sendo organizadas outras Zombie Walks, como São FranciscoMontrealNova Iorque,SydneyBaltimore e Seattle.
Em 2007, surge a primeira invasão zombie em Lisboa, Portugal. De início com pouca aderência, aumentando em 2008 o número de mortos-vivos. Fazendo uma pausa em 2009, a Zombie Walk Lisboa regressa em grande em 2010 para receber a presença de George A. Romero no festival de cinema de terror, Motelx.'
Alguns filmes que deram destaque a este genero foram os Filmes de George A. Romero ( Night of the Living Dead / Dawn of the Dead / Land of the Dead entre outros...) Resident Evil ( vindo de uma serie de games, foi trazido ao cinema e já está em sua 4 edição), Exterminio 1 e 2 e uma outra serie de filmes variados, inclusive os que misturam zumbis com outras coisas como possessões e doenças...



Um outro assunto que deixa algumas pessoas intrigadas éExiste a possibilidade de algum dia existir Zumbis? 
Pensando sobre estes filmes de mortos que caminham e sua sede por comer ou atacar com violência os humanos, me pergunto se seria possível que um ataque de zumbis pudesse algum dia acontecer. Eu sempre achei que sim, até ler um artigo de David Wong e passar a ter mais certeza. Me limitarei a tentar traduzir o artigo do cara, sem tirar e nem por.

Vejamos:


Parasitas cerebrais
Parasitas existem normalmente na nossa natureza e não são grande novidade para todos os que passaram da segunda série. Eles vivem e infestam todo tipo de seres vivos. Incluindo humanos. Acredite ou não, animais são convertido em zumbis no mundo natural. O que parece coisa de cinema é a mais pura verdade para certos insetos e -o que é pior - mamíferos!
Me refiro a um específico chamado toxoplasmosa gondii
Este treco infecta ratos mas pode ser encontrado quietinho nos intestinos de um gato de rua. O parasita sabe que tem que pegar “uma carona” para atingir o intestino do gato. E como ele faz isso? Nauseabundamente, ele infecta o cérebro do rato e reprograma o mesmo para que ele avance para o rato e dê mole ao ponto de ser comido.
Obviamente, estamos livres de algo nos controlando porque não somos ratos. Mas pense bem. Se os ratos são usados para testar medicamentos que mais tarde usarão em nós, e nosso DNA é muuuito parecido, o risco de um parasita de rato sofrer algum tipo de mutação e infectar humanos não pode ser completamente descartada. Até porque em países como a Tailândia, se come ratos mal passados. (já vimos isso aqui com fotos, lembra?)
A notícia pior vem agora: METADE da população da Terra está infectada com o maldito do toxoplasmosa, e não sabe. Talvez você esteja.
Embora pequena, há uma certa possibilidade que isso gere um apocalipse de humanidade zumbificada:
Enquanto existem mais ratos que humanos, é um bom negócio para o parasita infectar ratos. Mas se isso por acaso mudar, a evolução poderá fazer com que o parasita migre para um hospedeiro melhor: O homem.
Agindo na mente humana como ocorre com os ratos, o parasita poderá gerar uma série de pessoas com algum tipo desconhecido de esquizofrenia, que poderiam agir de maneira assassina, tal qual os ratos, que atacam os gatos para morrer.
Pessoas infectadas poderiam dar origem a uma série de ataques de fúria sem controle, gerando o caos e o desequilibro na ordem social. Mas felizmente, isso é um risco baixo.


Neurotoxinas
Neurotoxinas são venenos específicos que agem sobre os centros nervosos, e podem modificar o ritmo do seu corpo até o ponto em que você é considerado morto (para um leigo, porém dificilmente para um médico). Certos animais como o baiacu podem intoxicar uma pessoa deste jeito.
As vítimas podem então ser colocadas em um estado semi-vegetativo, como os da droga datura stramonium ou outro tipo de mecanismo químico chamado alcalóide capaz de deixar as pessoas em um estado de transe, sem memória, mas ainda capaz de tarefas simples, como comer, dormir, bocejar e andar cambaleando perseguindo virgens pouco vestidas que tropeçam em todo ressalto, raiz ou degrau.
Isso pode gerar zumbis como -de fato gera- no Haiti, onde feiticeiras vodu usam o veneno do peixe para criar poções que geram uma morte ficcional e posteriormente deixam a pessoa em um tipo de transe similar aos remédios hipnóticos. É daí que veio o mito do zumbi.
O caso clássico que envolve este tipo de contaminação é o deClairvius Narcisse. Ele era um sujeito haitiano que foi declarado morto por dois médicos e enterrado em 1962. Entretanto, ele foi encontrado andando como um zumbi de filme na beira de uma estrada 18 anos depois. Clairvius foi dopado sistematicamente ao longo deste tempo por feiticeiros vodu que usaram seu corpo drogado como trabalhador escravo em plantações de açúcar.Embora possível que alguém mal intencionado adapte este tipo de toxina na forma de uma arma química de guerra, seria bem improvável que o esquadrão de zumbis resultante dessem origem a um apocalipse, uma vez que eles não seriam canibais nem assassinos e sim um bando de gente chapada.
Mas se misturarmos isso com uma lavagem cerebral através de um adestramento militar, o ser resultante poderia ser de soldados semi-despertos com alto teor de agressividade, que não temeriam tiros nem nada. Seriam soldados descartáveis, muito provavelmente obtidos através de civis do território inimigo. Quando se trata de guerra, eu não duvido de nada.

O virus da super-raiva
Como vimos nos filmes “28 days later”, “28 weeks later” e “Eu sou a lenda”, um vírus similar ao da raiva pode gerar um caos fenomenal.
Quem já viu um cão raivoso sabe como isso pode ser um perigo potencial para quem der mole. Se por ventura este virus sofrer um tipo de mutação e infectar humanos de maneira agressiva, teremos uma boa chance de testemunhar o que acontece nesses filmes.
Na vida real, temos varias desordens mentais que podem gerar fenômenos similares, porém nunca contagiosas. Se bem que existem problemas de natureza mental que são transmissíveis sim. Como o Mal da vaca-louca, que ataca o tronco espinhal e o cérebro do bovino provocando ataques.
E humanos, comem carne…
Ao comer a carne coma doença da vaca louca o ser humano pega a doença de Creutzfeldt-Jakob.
Os sintomas são:
* Mudanças no equilíbrio (andar cambaleante)
* Alucinações
* Falta de coordenação (andar batendo nas coisas e caindo)
* Espasmos musculares
* Rápido desenvolvimento de delírio e demência


Embora as doenças deste tipo sejam raras, (raríssimas) elas podem atingir humanos. Se pensarmos bem, nós somos apenas uma maquina química-elétrica controlada por um complexo e frágil sistema central onde apenas a serotonina te separa de se tornar uma maquina retardada de matar. Tudo que precisa acontecer para um episódio digno de 28 days later é uma doença atacar a habilidade cerebral de absorver a serotonina.
Então, imagina só uma doença tipo uma Super-doença-da-vaca-louca, que pega um vírus como o da raiva que surge através de carne contaminada e se espalha velozmente através do sangue ou da saliva. (mordida) E o que nos temos são ordas de zumbis tacando o terror e cambaleando para morder tudo que se mover em sua frente.


Neurogênese
Em laboratórios de todo o mundo cientistas testam drogas e fazem bizarras manipulações genéticas em, busca da fonte da juventude, ou num termo mais tecnico: Neurogênese. Basicamente, a neurogênese é a capacidade de uma célula morta se regenerar, voltando a funcionar e fazendo o velhinho com mal de Parkinson ficar firme ou mesmo a velhinha com mal de Alzhimer se lembrar quem são os netos.
Vamos pensar agora: O que é a morte. Até o momento em que escrevo este post, a morte clínica é quando cessa a atividade cerebral. Quando a mente vai pro saco, não há solução. Então vamos dizer que um laboratório descubra a tal neurogênese, e com isso o que temos será um corpo cujo cérebro pode funcionar, talvez parcialmente e partes do corpo podem estar mortas. O objetivo é trazer de volta, fazendo crescer o cérebro de pessoas em comatose e traumatismo craniano até que eles acordem e andem por aí novamente.
Este laboratório é dedicado a uma pesquisa chamada “pesquisa de reanimação” explica que o processo de “reanimar” um morto cria um problema. Causa a morte do cérebro gradualmente de fora para dentro. O lado de fora do cortex cerebral é a bela parte que te faz ser como é. É o que nos faz humanos. O que fica é a parte que controla as funções motoras básicas e os instintos primitivos.
Nós (eu e você) não precisamos do córtex cerebral para sobreviver; tudo que precisamos é deste miolinho funcional e estaremos prontos para andar babando por aí em busca de miooooooolo. Não é atôa que uma galinha consegue correr por aí sem a cabeça. Há até um caso muito louco de uma galinha que sobreviveu por 18 meses sem a cabeça!.EEK
Resumindo, o que você precisa fazer para ter seu “zumbi de estimação” é pegar alguém com as funções vitais ainda intactas mas com estado de morte cerebral e aplicar o tratamento de crescimento cerebral. O miolinho dele vai voltar a funcionar e o que teremos é um corpo sem mente capaz de vagar por aí sem raciocinar, funcionando guiado por uma nuvem de instintos e impulsos primitivos de natureza ainda desconhecida.
Uma vez que sabemos que o mundo não é bonzinho e que em muitos governos os direitos humanos e responsabilidades de um indivíduo terminam com sua morte, não é difícil surgir algum pirado que queira usar seus recursos para suprir sua necessidade de comandar um exército de trabalhadores braçais escravos semi-vivos.
Quanto tempo levará para algo assim acontecer? Do jeito que o mundo está, já pode até ter acontecido.

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