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domingo, 16 de outubro de 2011
Carros, a paixão masculina...
Carros: paixão masculina na grande maioria das vezes
Para a maioria dos homens os automóveis são objetos de desejo; simbologias arcaicas explicam por que despertam afetos intensos e fazem sonhar
O automóvel é um dos ícones mais poderosos da modernidade, um elemento fundamental, presente na paisagem urbana e determinante na mudança de costumes, estilos de vida e comportamentos. Ainda hoje, mais de um século após sua invenção, é o símbolo da passagem veloz para um futuro cada vez mais avançado, em direção à perfeição tecnológica. De fato, o carro mudou a maneira de percebermos o tempo e as distâncias, alargou horizontes – fez com que nos tornássemos “auto-móveis”. Às vezes nos esquecemos de que se trata de uma máquina e a consideramos quase uma prótese do corpo, capaz de conferir potência e velocidade. Esses atributos, historicamente associados ao sexo masculino, não parecem seduzir tanto as mulheres. Para a maioria delas, o carro é um instrumento como outro qualquer. Para eles, é um objeto de desejo, alvo de afetos intensos.
Para o psicólogo Francesco Albanese, presidente do laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento em Psicologia (Psicolab), na Itália, que há anos estuda psicologia do trânsito, para entender onde nascem essas diferenças é preciso voltar a Sigmund Freud e à psicanálise. Por estar associado subjetivamente a atributos considerados viris, como velocidade e potência (idéia amplamente reforçada pela propaganda), o carro se presta melhor a ser alvo de um processo de identificação masculina. E onde há identificação, há projeção da própria personalidade. Não por acaso, o homem tende a revestir o carro de significados simbólicos, a ponto de humanizá-lo como se fosse uma garota a ser cuidada ou uma mulher a ser amada.
Os homens – ou pelo menos grande parte deles- – se tornam incrivelmente mais profundos quando o assunto é carro: não basta olhá-lo, é preciso vivê-lo e senti-lo com os cinco sentidos. Já as mulheres se permitem usar o veículo e, quando ele deixa de ser adequado às suas necessidades práticas, não lhes parece tão doloroso trocá-lo por outro. E, na maioria dos casos, limitam-se à estética e avaliam a relação custo–benefício. Raramente se ouve falar, por exemplo, de uma mulher que “se apaixonou” por um carro antigo e empregou tempo livre e economias na tarefa de restaurar o veículo.
COM A FAMÍLIA
Se colocarmos homens e mulheres à mesma mesa para falarem de carros, o efeito pode ser hilário, garantem os psicólogos que trabalham com marketing: enquanto eles procuram um modelo potente e veloz, elas querem um produto seguro e, de preferência, fácil de estacionar. Eles adoram o som do motor, elas querem silêncio (até porque desejam ser ouvidas quando falam). Em geral, homens se inebriam com o cheiro de carro novo; muitas mulheres ficam enjoadas com o odor. No carro deles não há quase nada; no delas, tem de tudo – de batom a guarda-chuva, de revistas a peças de roupa. Essas diferenças têm grande importância para os estudiosos da psicologia do consumo e para os especialistas em publicidade. Até há pouco tempo era tudo mais simples: o carro era usado (e adquirido) pelo “pai de família”.
Hoje, porém, não é mais assim. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), de 2006, o total de mulheres chefes de família no Brasil aumentou 79% em dez anos, passando de 10,3 milhões, em 1996, para 18,5 milhões no ano passado. No mesmo período, o número de homens responsáveis pela família aumentou 25%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), houve crescimento acentuado no número de mulheres casadas que assumem as rédeas da família. Esse percentual saltou de 9,1% em 1996 para 20,7% em dez anos. E quem tem o dinheiro também é, na maior parte das ocasiões, quem decide quando e como gastá-lo. Portanto, é preciso oferecer um veículo que responda às expectativas do potencial comprador – um mecanismo denominado personalização.
Assim, as propagandas de carros “femininos” trazem referência a valores como amizade, bem-estar e elegância; apresentam mulheres esguias e charmosas (mas nunca excessivamente belas, apenas o suficiente para que a consumidora se identifique com a modelo). Por outro lado, nos comerciais de carros mais “masculinos”, os automóveis superequipados viajam por entre belas paisagens, sugerindo o quanto pode ser emocionante e desafiador descobrir novos caminhos.
Em linhas gerais, a mensagem que a publicidade tenta passar toma por base a teoria freudiana: o homem anseia por ser forte e livre – e cultiva intimamente a fantasia, trazida da infância, de que poderá experimentar a completude, sem que nada possa detê-lo. Entre essas duas formas tão diversas de olhar para o automóvel coloca-se um novo alvo que vem tirando o sono de muitos publicitários: o carro da família. O que há de convidativo num carro em que devem caber cadeirinhas de segurança para crianças, o carrinho de bebê, a sacola de fraldas e um monte de bichos de pelúcia?
O carro para a família fez nascer, na mente dos psicólogos de marketing, um novo modelo masculino, o do homem de terno, obviamente com uma mulher jovem e bonita ao seu lado (mas não tão sensual a ponto de criar antipatias inconscientes nas companheiras que colaboram com a compra). E, claro, não podem faltar os filhos sorridentes; esse novo homem saboreia a liberdade, mas quer partilhar seus melhores momentos com a família, desfrutando o conforto que a tecnologia oferece. Essa espécime contemporânea deve saber que a verdadeira essência do macho não está em mergulhar em águas barrentas para apanhar um jacaré com as próprias mãos – mas em recuperar um coelho de pelúcia que a menina chorosa perdeu. Para depois retornar triunfante para seu domesticado off-road 4x4.
COMO SE FOSSE A CASA
Que demonstre mais ou menos seus sentimentos, pouco importa: em geral, o homem dedica ao próprio meio de transporte atenções que não reserva para nenhum outro objeto. O mesmo indivíduo que nem sonharia em dar uma enxaguada nos pratos sujos na pia num fim de semana é capaz de ficar debaixo de um sol escaldante aguardando para deixar brilhante o tão amado veículo. A mulher, por mais que seja preocupada com limpeza e atenta à organização doméstica, raramente se porta da mesma forma em relação ao carro: na maioria das vezes, leva o veículo para ser lavado quando está sujo e não se incomoda em acompanhar cada etapa do serviço. Afinal, para ela, a casa é uma parte de si, mas o carro absolutamente não é.
A mania por brilho, tipicamente masculina, também fez florescer uma verdadeira indústria de detergentes, ceras e polidores, sem falar nos sprays para painéis com “cheirinho de novo”, exatamente aquele cheiro “eau de plástico” que as mulheres realmente não suportam. Já os homens dificilmente toleram os perfumes para ambientes, tão bem aceitos por elas.
Essas diferenças foram estudadas também com métodos científicos: recentemente, um grupo de psicólogos da Universidade Harvard mostrou para homens e mulheres imagens de carros brilhantes e sujos, novos e velhos, e assim por diante, e pediu-lhes que definissem o caráter do proprietário com base no aspecto do automóvel. Para os homens um carro limpo e brilhante está associado ao sucesso social, à estabilidade financeira e ao cuidado com a propriedade. Para as mulheres, um carro sujo é sinônimo de pessoa atarefada, que tem pouco tempo para detalhes insignificantes (mas dentro de certos limites: se o carro, além de sujo, for também velho e tiver a carroceria danificada, ele passa a ser identificado com um fracassado social).
O sexo de um pretenso comprador também influencia os meios usados pelos vendedores das concessionárias, como demonstra um curioso estudo realizado por pesquisadores da Escola de Economia da Universidade Yale e publicado na American Economic Review. Os psicólogos da universidade americana instruíram 300 voluntários de ambos os sexos e de várias etnias (brancos, negros e hispânicos) a negociar a compra de um carro usado. Conclusão: os vendedores tendem a aumentar os preços para as minorias e para as mulheres, ao passo que os homens brancos, valendo-se da mesma negociação, conseguem oferta melhor. E não é só isso: contando com a provável ignorância feminina sobre o assunto, os vendedores “empurram” a elas os carros em pior estado ou modelos menos valorizados pelo mercado.
“Esse fenômeno contradiz as leis da economia, já que, em todos os outros setores, quanto mais abastado parecer o comprador, mais alto será o preço que conseguirá”, observa o pesquisador Ian Ayres, um dos autores do estudo. Segundo ele, no caso de carros, porém, há aspectos específicos a serem considerados. “Cria-se uma espécie de aliança entre o homem comprador e o homem vendedor: ambos deixam-se enredar em intermináveis discussões sobre as qualidades do veículo, da mecânica à carroceria, e desse modo os papéis se confundem: da simpatia nasce o desconto. Para as mulheres e, às vezes, também para as minorias étnicas, se instaura um mecanismo oposto. É como se o vendedor olhasse o carro e dissesse: ´Pobre criatura, em que mãos vai acabar!´.”
VIDAS NO LIMITE
A forma como dirigimos pode ser vista como uma representação de nosso funcionamento psicológico, revelando não só escolhas, hábitos e crenças – muitas delas originadas na infância –, mas também aspectos reprimidos ou disfarçados de nossa personalidade. Há, porém, uma explicação neurobiológica para o fascínio pelas altas velocidades: a consciência (ainda que parcial) do risco desencadeia no organismo reações neurológicas e hormonais. A elevação dos níveis de adrenalina induz à hiperatividade do sistema nervoso e confere uma espécie de euforia artificial que, para alguns, pode resultar em satisfação.
É o que acontece aos protagonistas do premiado Crash, de David Cronenberg, de 1996, adaptado do polêmico romance homônimo de James Ballard, que está sendo reeditado no Brasil. Nesse caso, os personagens buscam satisfação sexual ao correr como loucos e provocar acidentes.
Parece haver na história a simbologia de uma “contaminação” do ser humano pela máquina, sugerida pela metáfora do carro como prótese do corpo, como fusão entre metal e carne, numa realidade em que as pessoas, para escapar do achatamento afetivo, precisam de uma experiência violenta levada às últimas conseqüências. No filme, as cenas de sexo são frias e mecânicas, não há troca de olhares e, sobretudo, o que satisfaz nunca é o encontro afetivo. As emoções mais intensas são vividas quando os personagens assistem aos vídeos de acidentes.
CONCEITOS-CHAVE
- Associado subjetivamente a atributos considerados viris, como velocidade e potência (idéia reforçada pela propaganda), o carro se tornou alvo da identificação masculina.
- A forma como dirigimos pode ser uma representação de nosso funcionamento psicológico, revelando não só escolhas, hábitos e crenças (muitas delas originadas na infância), mas também aspectos reprimidos ou disfarçados de nossa personalidade.
- O fascínio pelas altas velocidades pode ter explicações neurobiológicas: a consciência (ainda que parcial) do risco desencadeia no organismo reações neurológicas e hormonais. A elevação dos níveis de adrenalina induz à hiperatividade do sistema nervoso e confere uma espécie de euforia artificial que, para alguns, pode resultar em sensação de satisfação.
texto acima:Emanuela Zerbinatti
A PAIXÃO PELOS CARROS V8.
A potência e o ronco inconfundível de seus oito cilindros fizeram do V8 um clássico. Carros V8 chamam a atenção por onde passam e têm cada dia mais fiéis seguidores.
Não há nada melhor do que um bom e velho motor V8 roncando sobre quatro rodas.
Os modelos V8 gastam muito, ocupam um espaço enorme nas ruas e são os melhores amigos dos donos de postos de gasolina. Mas, e daí?
Carros com esse tipo de motor andam por aí chamando a atenção com seu som inconfundível. É só dar uma bombada no acelerador para ver um monte de marmanjo babando em volta.
Essa história toda vem de muitos anos e o mais incrível é descobrir a mística que têm os oito cilindros mais clássicos, como Maverick, Mustang, Camaro, Cougar, Landau, Dodges e outros.
Hoje alguns os chamam de "banheiras", mas nos anos 70 eles eram conhecidos como Muscle Cars ("Carros Musculosos") e não tinham rivais, em potência, nas ruas e estradas mundo afora. Pra onde quer que se olhasse, lá estavam os carrões.
A fama era tanta que o cinema imortalizou os V8 em filmes históricos, como:
- "Bullitt" (em que Steve McQueen levanta vôo nas ladeiras de São Francisco com seu Mustang)
- "Mad Max" (que mostra Mel Gibson detonando os inimigos com um V8 todo encrementado)
- "Velozes e Furiosos". (Quem não babou na hora que aquele Charger RT preto empinou?)
- Sem contar o resto dos filmes norte-americanos que sempre exibem com destaque belos exemplares V8, sendo eles dos mocinhos ou bandidos, Mas sempre aparecendo para a alegria dos amantes desse som maravilhoso e desse visual agressivo por natureza, até hoje ( repare )!
Com o passar dos anos, os V8 - passaram a fazer parte do nosso inconsciente coletivo. O motor possante, o ronco agressivo e o amplo espaço interno seduzem qualquer um.
Quem já teve o prazer de dirigir um "veiotão" não consegue mais mudar.
É o caso, por exemplo, de Osmar Alves Silva, que tem dois Maverick, mas já chegou a ter 14 mavericks.
"Eu via um, gostava e comprava", conta Osmar, que preside o 468 SP Maverick Clube.
Outro V8 bastante cultuado é o Dodge, principalmente o modelo Charger RT - que, assim, como o Maverick, foi fabricado no Brasil nos anos 70.
Os motores V8 rugem como foguetes na carcaça das "banheiras", mas isso não quer dizer que sejam uma curtição só para colecionadores. Tendo um pouco de "cascalho e paixão", você também pode ter um V8.
O que torna o V8 especial é a sua combinação de maciez com potência, proporcionada pela junção de dois motores num só, colocados lado a lado e não em linha.
Seus oito cilindros - quatro de cada lado - são dispostos em formato de "V", o que explica o nome.
Não é uma inovação passageira, mas um clássico que resiste ao tempo: o primeiro V8 foi construído em 1890 pelo alemão Gottlieb Daimler. Em 1932 o motor começou a ser fabricado em larga escala, pela Ford, e nunca mais saiu de catálogo.
O período de maior sucesso dos oito cilindros veio no final dos anos 60, quando a Ford lançou a versão 302. Esse é o motor que equipava os Mustangs antigos e também os Mavericks V8 que andam em nossas ruas consumindo aquela gasolina toda e enchendo os olhos dos admiradores.
Dirigir um V8 é sempre um prazer. É só pisar que o carrão anda que é uma beleza. Mas tem vários prós e contras nessa brincadeira toda. Então vamos a eles:
VANTAGENS
- O ronco do motor é único e inconfundível.
- Um V8 clássico atrai mais atenção do que qualquer BMW zero.
- A potência do motor garante ultrapassagens mais seguras.
- Os modelos antigos pagam IPVA baixíssimo.
- Quanto mais velhos, mais exclusivos são os V8. Dirigir um carro que só você tem.
DESVANTAGENS ( e tem alguem que vai pensar nisso? )
- Você estará sempre visitando o posto de gasolina. Os V8 fazem em média de 3 a 4 Km/litro.
- A manutenção dos V8 é cara. As peças são difíceis de encontrar, e algumas são importadas.
- É grande a tentação de exceder a velocidade, o que pode resultar em multas.
- Você vai ter de lidar com os chatos de plantão que sempre querem dar um voltinha no seu carrão.
- E ainda os "caras-de-pau" que tem coragem de pedir para dirigir.
- Ter um Maverick ou um Dodge não é muito barato. Hoje em dia, devido a alta procura, dá pra comprar um a partir de R$ 20.000,00
A COMBINAÇÂO PERFEITA V8: O SUPERCHARGER
“Foi a primeira acelerada da minha vida em um V8 com blower, inesquecível! Lembro que cheguei ao posto de gasolina e não conseguia nem falar com o frentista”, brinca Fabio, que desde então se surpreende a cada volta com o Fordinho. “É um carro que chama muita atenção na rua, além de andar muito e fazer bastante barulho”, comenta. Pelas suas características, o antigo dono do carro o tinha apelidado de Barão Vermelho. “Por ser vermelho, antigo e voar baixo”, resume Fabio.
Saiba mais:
O SC (SuperCharger) tem como principal vantagem a potência em baixas rotações, como aqui em SP temos mais trânsito do que pista livre, acho que é bem mais interessante.
Diferente do que todos pensam o kit do SC pode ser bem barato e não abusivos 3mil , 4mil praticados em qualquer orçamento…. basta importar um kit dos EUA pelo Ebay e logo saberá que um SC pode custar até mais barato do que a porcaria de kit turbo nacional.
Tecnicamente falando o SC destrói menos o motor, porque você não precisa esfolar o carro para conseguir potência a turbina começa a dar o ar da graça depois dos 4mil RPM e fica ainda melhor passar as marchas depois dos 6mil RPM… lembrando que a injeção corta o giro em 7mil RPM.
Dos carros populares, somente o Fiesta teve um compressor instalado, porém era um Eaton M-24 (ideal para motores pequenos).
Supercharger num motor 4 cilindros.
Bom, vou postar aqui as 10 perguntas e respostas sobre o SuperCharger, retirado do site da BlowerCompany…
1. Quais os tipos de compressores mais comuns e quais as diferenças entre si?
Atualmente existem três tipos de compressores diferentes: O compressor tipo Roots, compressor Centrífugo e o compressor tipo Lysholm ou Parafuso. A diferença é o modo como comprimem o ar admitido. O compressor tipo Roots comprime o ar apenas na saída do mesmo. Seu ponto forte é o acréscimo de torque em baixas rotações, mas têm como deficiência a baixa eficiência térmica. No compressor Centrífugo, existe maior eficiência térmica, mas o aumento de potência só acontece em altas rotações. É o compressor que mais se assemelha ao Turbo Compressor. Já o compressor tipo Lysholm ou Parafuso, é o único que consegue unir o acréscimo de torque em baixíssimas rotações com a eficiência térmica do compressor Centrífugo, pois o ar é comprimido internamente no compressor, devido a forma dos seus rotores.
2. Qual a diferença entre o Turbo Compressor e o Supercharger?
O supercharger é ligado diretamente ao virabrequim do motor por correia, enquanto o Turbo Compressor utiliza a energia proveniente dos gases liberados pelo escapamento. Por ser ligado diretamente ao motor, o Supercharger permite um aumento de potência e, principalmente torque em baixas rotações do motor, aumentando o volume de ar admitido de acordo com o aumento de rotação do motor, criando pressão instantânea praticamente a partir da marcha lenta, enquanto o Turbo precisa vencer a inércia do rotor para elevar o seu giro e formar pressão, criando aquela famosa “cabeçada” ou “turbo-lag” antes do turbo entrar em funcionamento. Outra vantagem em relação ao Turbo, é que a sua instalação dispensa furos no cárter do motor, podendo trabalhar com reservatório de óleo próprio, sem riscos de desgaste excessivo provocado por óleo contaminado.
3. E quanto a sua durabilidade?
O supercharger é formado basicamente de dois rotores ligados entre si por duas engrenagens, dentro de um compartimento. Seus rotores não se tocam e também não tocam o compartimento. Portanto não há desgaste nem abrasão, podendo rodar dentro dos limites especificados por tempo indeterminado.
4. Existe algum veículo que tenha este equipamento original de série?
Sim, alguns como a Mercedes C 300 Kompressor, Ford Thunderbird, Mercury Cougar XR-7, o Buick Park Avenue e o Riviera, Oldsmobile 98, Pontiac Bonneville, Aston Martin Vantage e o DB7 e o Jaguar XKR.
5. Onde a diferença entre o Supercharger e o Turbo é mais visível?
A diferença é enorme principalmente no trânsito do dia a dia, pois com o Supercharger, o aumento de torque é sentido a partir da marcha lenta, eliminando trocas de marchas frequentes e tornando o veículo muito mais ágil. Na estrada, esta vantagem se transforma em segurança quando se efetua uma ultrapassagem ou simplesmente uma retomada. Este torque em baixas rotações irá também refletir em maior vida útil ao motor, pois não há necessidade de acelerar tanto para se chegar à velocidade desejada. No caso do Turbo, pela sua característica, a pressão plena e, consequentemente o aumento de torque só será sentido acima de 4.000 RPM. Dificilmente chega-se a este regime de rotação em trânsito urbano.
6. É necessário modificar a injeção ou a ignição original?
Depende do nível de preparação. Na sua versão básica usando até 0,4 bar, todo o conjunto foi projetado para trabalhar com o motor em seu estado original, inclusive com escapamento e o catalisador, mantendo o nível de poluentes e dispensando qualquer tipo de reprogramação de central, troca de válvulas de injeção ou instalação de válvulas suplementares. A partir daí, temos condições de trabalhar com pressões até 8 bar ou 116 psi, dando a garantia da peça estipulada pelo fabricante para motores até 2.500 hp.
7. É necessário modificar a lataria do veículo?
Não. O kit se aloja perfeitamente dentro do compartimento do motor, dispensando grandes serviços de funilaria como a colocação de “scoop” no capô do veículo, comprometendo a visibilidade do motorista e a estética original do veículo.
8. E quanto ao consumo?
A Blower Company utiliza um sistema chamado “one-way pressure”, onde o controle de ar admitido pelo supercharger é feito pelo próprio corpo de borboletas. Assim, ele só será usado quando houver necessidade real de torque, ficando inativo quando não houver. Levando-se em conta que apenas 5% regime de trabalho de um motor é com pressão, seu consumo torna-se praticamente o original, pois o sistema de ignição e injeção são originais de fábrica.
9. A instalação de um Supercharger diminui a vida útil do motor?
Não. Uma de suas características mais marcantes é a presença de torque em baixas rotações, como dito no item 06. Com isto, o motorista não precisará acelerar tanto para chegar à mesma velocidade desejada, poupando o motor. Dificilmente o motorista irá “esticar” as marchas para vencer uma subida íngreme ou tentar uma ultrapassagem. A 0,4 bar de pressão, o ganho de torque e potência está em torno de 50%, sendo que toda a pressão estará disponível a partir de 2.000 RPM, aparecendo já em marcha lenta.
10. O equipamento é confiável?
Totalmente. Os compressores usados são o que há de mais moderno a nível mundial, reunindo eficiência, durabilidade e confiabilidade. Seus fabricantes são conhecidos mundialmente pela qualidade e eficiência de seus produtos. A primeira é uma companhia sueca que trabalha no desenvolvimento de compressores tipo parafuso há mais de 50 anos, que é a SRM (Svenska Rotor Maskiner AB), que retém a patente mundial do sistema Lysholm ou Parafuso, com 32 licenças em 23 países, e criou um segmento específico de compressores automotivos chamada Opcon AB. A segunda Companhia é a Eaton Inc., que fornece compressores volumétricos para várias montadoras de automóveis há mais de dez anos
MOTOS V8
50 mil dólares é o que se paga por um raríssimo motor 427 ZL-1 da Chevrolet em ótimo estado – caso você encontre um. Com quase 600 cavalos e todo em alumínio (inclusive o bloco), ele foi feito para a lendária categoria de protótipos Can-Am e equipou pouquíssimas unidades de Camaros e Corvettes que atendiam ao código de fábrica COPO 9560. OK.
Mas o que você acharia de pegar uma destas moscas cromadas de olhos de safira para construir uma moto V8, ao melhor estilo das Boss Hoss¹? Tira-se o chapéu ou arranca-se a cabeça de um sujeito destes?
MINIATURAS V8
A paixão dos norte-americanos por motores com oito cilindros em V é tão antiga quanto o surgimento dos primeiros automóveis. Aliás, essa configuração se mostrou confiável e resistente para os mais variados tipos de serviço.
Com o passar dos anos os V8 ganharam mais potência, cresceram em polegadas cúbicas e passaram a ocupar definitivamente um lugar de destaque nas pistas de corrida, lanchas e outras aplicações variadas.
Para quem pensa em ter um deles em casa, mas sem gastar combustível, a Moyer Made construiu essa bela peça de coleção. A miniatura na escala 1/6 reproduz, inclusive, as velas e o distribuidor. Perfeito.
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