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quarta-feira, 1 de junho de 2011

O que? por que? saiba mais sobre: Suicidio

Ouvimos falar, muitas vezes distantemente e por mais que nos pareça uma coisa absurda e de pessoas "loucas", eles acontecem mais do que imaginamos, por isso decidi botar aqui essa pesquisa diretamente do Wikipedia sobre esse assunto... gostaria também de deixar bem claro que eu não apoio a ideia de suicidio.
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Suicídio, do latim sui (próprio) e caedere (matar), é o ato intencional de matar a si mesmo.[1] Sua causa mais comum é um transtorno mental que pode incluir depressãotranstorno bipolaresquizofreniaalcoolismo e abuso de drogas.[2] Dificuldades financeiras e/ou emocionais também desempenham um fator significativo.[3]
Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano, tornando-se esta a décima causa de morte no mundo. Trata-se de uma das principais causas de morte entre adolescentes e adultos com menos de 35 anos de idade.[4][5] Entretanto, há uma estimativa de 10 a 20 milhões de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano em todo o mundo.[6]
As interpretações acerca do suicídio tem sido vistas pela ampla vista cultural em temas existenciais como religiãofilosofiapsicologiahonra e o sentido da vidaAlbert Camus escreveu certa vez: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia."[7] As religiões abraâmicas, por exemplo, consideram o suicídio uma ofensa contra Deus devido à crença religiosa na santidade de vida. NoOcidente, foi muitas vezes considerado como um crime grave. Por outro lado, durante a era dos samurais no Japão, o seppuku era respeitado como uma forma de expiação do fracasso ou como uma forma de protesto. No século XX, o suicídio sob a forma de autoimolação tem sido usado como uma forma de protestar, enquanto que na forma de kamikaze e de atentados suicidas como uma tática militar ou terrorista. O Sati é uma prática funerária hindu no qual a viúva se auto-imola na pira funerária do marido, quer voluntariamente ou por pressão da famílias e/ou das leis do país.[8]
O suicídio medicamente assistido (Eutanásia, ou o "direito de morrer") é uma questão ética atualmente muito controversa que envolve um determinado paciente que esteja com uma doença terminal, ou em dor extrema, que tenha uma qualidade de vida muito mínina através de sua lesão ou doença. Para alguns, o auto sacrifício geralmente não é considerado suicídio, uma vez que o objetivo não é matar a si mesmo mas salvar outrem.

CLASSIFICAÇÃO:

Automutilação
automutilação não é uma tentativa de suicídio; no entanto, tempos atrás as lesões autoprovocadas eram erroneamente classificada como uma tentativa de suicídio. Existe uma correlação não-causal entre a automutilação e o suicídio: ambos são mais comumente um efeito da depressão.

Eutanasia e suicidio assistido
Indivíduos que desejam pôr termo à sua própria vida podem recorrer ao auxílio de outra pessoa para atingir a morte. A outra pessoa, geralmente um membro da família ou um médico especializado, podem ajudar a praticar o ato, se o indivíduo não tem capacidade física para fazê-lo mesmo com os meios fornecidos. O suicídio assistido é uma questão moral e politicamente controversa em muitos países, como no caso do Dr. Jack Kevorkian, um médico que apoiava a eutanásia, afirmando ter ajudado 130 pacientes a terminarem suas próprias vidas, mas que foi condenado a 8 anos de prisão por isto. Apelidado de Doutor Morte, ele se candidatou ao Congresso dos Estados Unidos em 2008 defendendo a legalização da eutanásia.

Ortotanasia
É quando não se tomam medidas para prolongar artificialmente a vida de uma pessoa com uma doença letal, restringindo a fazer um tratamento paliativos para aliviar a dor e permitir uma morte digna. No Brasil essa prática só foi legalizada em 2010

Suicidio Assassinato
Trata-se do ato no qual um indivíduo mata uma ou várias outras pessoas imediatamente e comete suicídio para não ser preso. Geralmente feito por vingança ou/e passional. Exemplos incluem o caso de Francisco Hyalisson Gonzaga que atirou na ex-namorada, Luana Kalyev Almeida e em seguida atirou na própria cabeça [12] e o de Edwin Valero, campeão mundial de boxe venezuelano acusado de enforcar a própria mulher.

Ataque suicida
Um ataque suicida é quando um atacante comete um ato de violência contra outros (geralmente um grande número de pessoas), normalmente para atingir um objetivo militar ou político, que resulta em sua própria morte. Os atentados suicidas são muitas vezes consideradas como um ato deterrorismo. Os exemplos históricos incluem o assassinato do Czar Alexandre II, o Bombardeamento do Hotel Shamo, o Atentado suicida do Dizengoff Center,os ataques kamikazes por pilotos aéreos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial e os Ataques de 11 de setembro de 2001. Entre 2000 e 2007 ocorreram 140 ataques suicidas em Israel que mataram 542 pessoas e feriram milhares

Suicidio em massa e pacto suicida
Certos suicídios são realizados sob pressão social ou de um grupo. Os suicídios coletivos, ou em massa, podem ocorrer apenas entre duas pessoas, como um "pacto suicida", ou com um número muito maior. Um exemplo é o suicídio em massa que ocorreu por membros do Peoples Temple, uma seita estado-unidense liderada por Jim Jones em 1978 na Guiana que levou a morte de 918 pessoas incluindo 270 menores de idade.

Indução de suicidio
Induzir, estimular, dar dicas ou apoiar de qualquer outra forma o suicídio de outra pessoa é um crime em vários países ocidentais, considerado como uma forma de homicídio com dolo (intenção de matar). Essa punição leva em conta inclusive quando o estímulo é feito na internet.[16][17][18] No Brasil o artigo 122 do Código Penal prevê reclusão de dois a seis anos para quem induz, instiga ou ajuda alguém a cometer suicídio, ou reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. 

Suicidio metaforico
É o sentido metafórico de "destruição intencional de um auto-interesse", como o suicídio político



CAUSAS:
Uma série de fatores estão associados com o risco de suicídio, incluindo doença mentaldrogadição, bem como fatores sócio-econômicos. Embora as circunstâncias externas, tais como um evento traumático, podem desencadear o suicídio, não parece ser uma causa independente. Assim, os suicídios são mais prováveis de ocorrer durante os períodos de família sócio-econômico, ou uma crise individual.

transtorno psicologico
Os transtornos mentais são freqüentemente presentes durante o momento do suicídio, com estimativas de 87%[22] para 98%.[23] Transtornos de humor estão presentes em 30%, abuso de substâncias em 18%, esquizofrenia em 14%, transtornos de personalidade em 13,0% dos suicídios.[23] Estipula-se que cerca de 5% de pessoas com esquizofrenia morrem de suicídio

Abuso de substancias
O abuso de substâncias é a segunda causa mais comum de suicídio depois dos transtornos de humor.[25] Tanto o abuso crônico de substâncias, bem como o abuso de substâncias aguda está associada a um risco aumentado de suicídio. Isso é atribuído aos efeitos intoxicantes e desinibidor de muitas substâncias psicoativas, quando combinado com o sofrimento pessoal, como o luto o risco de suicídio é muito maior.[26] Mais de 50% dos suicídios estão relacionados ao álcool ou drogas. Até 25% dos toxicodependentes e alcoólicos cometem suicídio. Em adolescentes, o número é maior com álcool ou abuso de drogas, que desempenha um papel em até 70% dos suicídios. Foi recomendado que todos os toxicodependentes ou alcoólicos são investigadas por pensamentos suicidas, devido ao elevado risco de suicídio

Biologico
Para boa parte dos especialistas, a genética tem um efeito sobre o risco de suicídio[28] responsável por 30-50% de variância..[29] Grande parte deste relacionamento atua através da hereditariedade da doença mental.

Social
Problemas familiares, amorosos e financeiros:
Um estudo encontrou maior frequência de suicídio entre pessoas com famílias desestruturadas e após rompimentos de relacionamentos amorosos entre jovens. Entre adultos separações e problemas financeiros são fatores de risco. [30] Apesar de problemas financeiros sérios serem um fator de risco e religião ser um fator de proteção Durkheim percebeu uma prevalência de suicídio entre pessoas de classe sócio-econômica mais elevada e entre protestantes no Rio de Janeiro. [31] Outros autores também encontraram maior prevalência entre classes sócio-econômicas mais altas num estudo feito em São Paulo.

Como forma de rebeldia ou protesto
Muitas vezes a greve de fome pode encaminhar no suicídio de mais de uma pessoa, como ocorreu na Irlanda em 1981 durante o Conflito na Irlanda do Norte liderado por Bobby Sands e que resultou em 10 mortes

Suicídio judicial
Muitas vezes uma pessoa que tenha cometido um crime pode cometer suicídio para evitar ser processado, como foi o caso de Budd Dwyer e Hermann Göring

Suicídio militar
Nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, alguns pilotos japoneses kamikazes voluntariaram para missões em uma tentativa de evitar a derrota para o Império. Perto do fim da guerra, os japoneses desenvolveram um pequeno avião (Ohka), cujo único propósito era missões kamikazes. Da mesma forma, as unidades da Luftwaffe voava Selbstopfereinsatz (missões de auto-sacrifício) contra pontes Soviética. Na Alemanha nazista, muitos soldados e oficiais do governo (incluindo Adolf Hitler) mataram-se, em vez de se render aos Aliados da Segunda Guerra Mundial. O japonês também construiu um "homem-torpedo humano submarinos" suicídio chamado Kaitens

Outros fatores
Factores sócio-económicos como o desemprego, a pobrezafalta de moradia, e discriminação podem provocar pensamentos suicidas.[36] A pobreza não pode ser uma causa direta, mas pode aumentar o risco de suicídio, pois é um grupo de risco para depressão.


Metodo
O principal método de suicídio varia dramaticamente entre os países. Os métodos de liderança em diferentes regiões incluem enforcamentoenvenenamento por pesticidas e armas de fogo.[38] Em todo o mundo 30% dos suicídios são de pesticidas. A utilização deste método, contudo, varia consideravelmente de 4% na Europa a mais de 50% na região do Pacífico.[39] Nos Estados Unidos, 52% dos suicídios envolvem o uso de armas de fogo.[40] Asfixia e envenenamento também são bastante comuns neste país. Juntos, eles compreenderam aproximadamente 40% dos suicídios nos Estados Unidos. Outros métodos de suicídio incluem trauma contundente (saltando de um prédio ou uma ponte, jogando-se na frente de um trem, ou provocando umacidente de carro, por exemplo). Há ainda causas menos comuns, como afogamento intencional, choque elétrico, ou fome intencional.

Informações sobre suicidio
A associação americana de suicidologia o centro de controle e prevenção de doenças americano (CDC) defendem que aprender sobre o suicídios, sinais de alerta sobre ideação, fatores de risco e proteção e como intervir em crises são importantes medidas de prevenção. [41]
Porém definir se a exposição ou não a um suicídio é um fator de risco para novos suicídios ainda é uma questão controversa.[42] Um estudo de 1996 foi incapaz de encontrar uma relação de suicídios entre amigos.[43] Apesar que um estudo de 1986 encontrou maiores taxas de suicídio após um noticiário televisivo em relação ao suicídio

Epidemologia
O suicídio é a décima causa de morte no mundo,[2] com cerca de um milhão de pessoas mortas por suicídio anualmente.[46] Em todo o mundo as taxas de suicídio aumentaram 60% nos últimos 50 anos, principalmente nos países em desenvolvimento. A maioria dos suicídios do mundo ocorrem na Ásia, que é estimada em até 60% de todos os suicídios do planeta. Segundo a Organização Mundial da SaúdeChinaÍndia e Japão podem ser responsáveis por 40% de todos os suicídios no mundo.[47]Nos Estados Unidos, a taxa de suicídios está aumentando pela primeira vez em uma década, enquanto que no Brasil, regionalmente, o índice é semelhante ao de países com maiores taxas do mundo, principalmente no Rio Grande do Sul e o Mato Grosso do Sul.[48] O aumento da taxa de suicídio global entre 1999 e 2005 foi devido principalmente a um aumento dos suicídios entre os brancos com idade de 40-64, com média branca de meia-idade entre as mulheres que experimentaram o maior aumento anual.

Genero
No mundo ocidental, os homens morrem muito mais frequentemente por meio de suicídio do que as mulheres, embora as mulheres tentem o suicídio com mais freqüência. Alguns médicos acreditam que isso decorre do fato de que os homens são mais propensos a acabar com suas vidas através de meios eficazes de violência, principalmente quando as mulheres usam métodos mais lentos, como consumo excessivo de medicamentos.

Alcoolismo e uso de drogas
Estudos norte-americanos mostraram que 33% a 69% dos suicidas apresentavam alcoolemia positiva.[50] De fato, nos Estados Unidos, 16,5% dos suicídios estão relacionados ao álcool.[51] No Reino Unido, um estudo de suicídios ocorridos entre 1988 e 1995 determinou que 45% das vítimas apresentavam alcoolemia positiva, com maiores porcentagens na faixa etária de 35 a 44 anos Alcoólatras são de 5 a 20 vezes mais propensos a se matar, enquanto o mal uso de outras drogas aumenta o risco de 10 a 20 vezes.[52] No Brasil, em estudo realizado com 290 vítimas de suicídios na cidade de São Paulo, 36,2% apresentavam alcoolemia positiva.[53] Cerca de 15% dos alcoólicos cometem suicídio, e cerca de 33% dos suicídios em menos de 35 anos têm um diagnóstico primário de álcool ou abuso de outras substâncias, mais de 50% dos suicídios estão relacionados à dependência de álcool ou drogas. Sabe-se que o consumo de álcool aumenta a agressividade e essa afirmação é também válida para violência dirigida a si mesmo.[54] Em adolescentes o álcool ou uso indevido de drogas desempenha um papel em até 70% dos suicídios.

Etnia
Taxas de suicídio nacionais diferem significativamente entre países e entre grupos étnicos no interior dos países.[56] Por exemplo, no E.U.A., não-hispânicos caucasianos são quase 2,5 vezes mais propensos a se matar do que afro-americanos ouhispânicos.[57] No Reino Unido as taxas de suicídio variam significativamente entre as diferentes partes do país. Na Escócia, por exemplo, a taxa de suicídio é aproximadamente o dobro do que na Inglaterra.

No mundo
No mundo, 815 000 pessoas cometeram suicídio no ano 2000, o que perfaz 14,5 mortes por 100 000 habitantes (uma morte a cada 40 segundos)[59] Países do Leste Europeu são os recordistas em média de suicídio por 100.000 habitantes. A Lituânia(41,9), Estônia (40,1), Rússia (37,6), Letônia (33,9) e Hungria (32,9). GuatemalaFilipinas e Albânia estão no lado oposto, com a menor taxa, variando entre 0,5 e 2. Os demais estão na faixa de 10 a 16. Em números absolutos, porém, a República Popular da China lidera as estatísticas. Foram 195 mil suicídios no ano de 2000, seguido pela Índia com 87 mil, a Rússia com 52,5 mil, os Estados Unidos com 31 mil, o Japão com 20 mil e a Alemanha com 12,5 mil.
Rússia
Todos os anos 60 mil pessoas põem um fim às suas vidas na Rússia, onde a taxa de suicídio é a segunda no mundo—são 34,9 por 100 mil habitantes, abaixo somente da Lituânia e leste europeu anunciou a diretora do Centro Serbski de Psiquiatria Social e Judiciária da Rússia, Tatiana Dmitrieva, em entrevista coletiva organizada por ocasião do Dia Internacional da Saúde Mental. Em 2008, foram registados 29 suicídios por 100 mil habitantes, índice muito superior à média mundial de 14 por 100 mil. [60] As altas taxas provavelmente estão associadas com a grande frequência de alcoolismocrises sócio-econômica e fatores culturais.
Japão
Japão tem a mais alta taxa de suicídio do mundo desenvolvido (24,1 por 100.000 habitantes). Os suicídios atingiram o número recorde de 34.427 em 2003 (+ 7,1% com relação a 2002) Geralmente empresários e funcionários, comentem suicídios motivados por escândalos de corrupção ou perda de dignidade na sociedade. [61]
No ano de 2008 o suicídio entre jovens bateu novo recorde no Japão, tendo alcançado 4.850 mortes , 1,7% a mais que no ano anterior, informou a polícia japonesa. Mesmo com este aumento, em 2008, 32 249 pessoas se mataram no Japão, uma baixa de 2,6% em com relação aos números de 2007.
A taxa de suicídios foi, no ano de 2008, de 25,3 para cada 100 mil habitantes, o que coloca o Japão entre os dez países do mundo com mais casos. O suicídio é a sexta maior causa de morte no Japão, onde não está associado a um tabu social. [62]
França
Em 1996, a França teve 12 000 suicídios por 160 000 tentativas; com 62 milhões de habitantes, esses números representam aproximadamente 19,6 suicídios por 100 000 habitantes, ou seja, um suicídio por 5 000 pessoas, e uma tentativa por 400 pessoas. A França ocupa o quarto lugar entre os países desenvolvidos. Esses números são mais ou menos estáveis desde 1980. Assim como em outros países da Europa o suicídio já se tornou uma causa mortis mais frequente que os acidentes de trânsito. Fatores culturais e crises sócio-econômicas agravaram a situação em 2008-2009.[63]
Brasil
No Brasil, 4,9 pessoas a cada 100 mil morrem por suicídio por ano, uma das menores médias do mundo. E ao contrário do resto do mundo onde é mais comum entre adultos, no Brasil há uma prevalência entre os jovens entre 15 e 24 anos.[64] Entre os estados, o Rio Grande do Sul é o que tem a maior taxa, 9,88 para 100 mil. Entre as cidades, o município com o maior índice é o de Amambai(MS), com mais de 49,3 casos a cada 100 mil habitantes, uma das cidades com maior índice de suicídio do mundo. (Mapa do suicídio estadual: [7]). Um dos métodos mais comuns no país são venenos como o agrotóxico Tamaron. Foram registradas 7.987 mortes por suicídio no País.[65] Entre os índios, o índice de suicídio foi de 98 por 100 mil, um índice alarmante que já responde por 81% dos suicídios em Mato Grosso do Sul e no Amazonas.[64]
No Rio Grande do Sul, em 2004, foi identificada a maior mortalidade masculina por suicídio do país com 16,6 mortes a cada 100 mil homens, enquanto Maranhão ficou em último lugar com 2,3 mortes a cada 100 mil homens. Em relação às mulheres, Mato Grosso do Sul ocupou o primeiro lugar com 4,2 mortes a cada 100 mil mulheres, e Rio Grande do Norte o último com mortalidade de 0,6 a cada 100 mil mulheres. [66]
Em 2005, seguindo as recomendações da OMS para combater o aumento no número de casos, foram elaborado de políticas nacionais de prevenção ao suicídio, atuando em esfera nacional, estadual e municipal.(Mais informações: [8])[67].
Portugal
Em Portugal em 2003 11,1 pessoas por cada 100 mil morreram por suicídio sendo que a distribuição por género é de 17,1 por 100 mil para os homens e 5 por 100 mil para as mulheres.[68][69] A taxa de suicídio em Portugal dobrou na última década, de cerca de 600 para mais de 1.200 casos por ano.[70]
O enforcamento é o método de suicídio mais utilizado em 16 países europeus, incluindo Portugal, representando quase metade do total de casos. O segundo mais usado depende do gênero, sendo armas de fogo para homens e afogamento pelas mulheres sendo o oposto (arma de fogo por mulheres e afogamento por homens) muito raro.
Entre os jovens masculinos dos 15 aos 24, Portugal é o país que apresenta a taxa mais baixa da Europa. Além disso, é um dos países com menos suicídios entre mulheres. [68] O número de suicídios aumenta com a faixa etária, sendo mais frequente em homens acima dos 50 anos, esta peculiaridade pode ser reflexo de fatores históricos e culturais. Entre 1902 e 1939 o número de suicídios registrados aumentou de 236 para 969 casos e seguiu estável entre 750 e 1000 até 1975. E desde essa época que o número de suicídios entre homens já era entre duas e quatro vezes mais comuns do que mulheres e predominava entre os mais velhos. [71] Houve um grande decréscimo a partir da década de 70, chegando a 516 casos em 2000, menos número em 40 anos. Porém, em 2002 e 2003, esse número dobrou ultrapassando os mil casos e seguiu aumentando até 2010, tornando-se a causa de morte não-natural mais comum do país, superando o número por acidentes viários.[68][72]
Segundo a Sociedade Portuguesa de Suicidologia, entre 1998 a 2008, a média anual de suicídios no Baixo Alentejo foi de 53 casos, enquanto no concelho de Odemira, em 2007, foram registrados 61 mortes a cada 100 mil habitantes, com um grande número de casos na freguesia de Sabóia, levando a região a um dos maiores índices de suicídio em todo o mundo. Um dos prováveis motivos pode ser o aumento no índice de desemprego e depressão maior.[68]
No sexo feminino, a menor taxa registou-se na região autónoma da Madeira, onde não houveram casos registrados. Salienta-se que nas regiões Norte e Açores ocorreu menos de um suicídio por 100.000 habitantes. No sexo masculino, a região com menor taxa foi a do Norte. De um modo geral, em Portugal registaram-se mais suicídios nos meses de Junho, Julho e Setembro. Janeiro e Fevereiro foram os meses com menor número de registos. Fazendo uma análise por sexos, não se verificam grandes diferenças de perfis, registando-se um maior número de suicídios no sexo masculino nos meses de Junho e Setembro e no sexo feminino em Junho e Julho.

ASPECTOS SOCIAIS
Intervenção
A visão predominante da medicina moderna é de que o suicídio é um problema de saúde mental, associada a fatores psicológicos, como a dificuldade ou a impotência em lidar com a depressão, com sofrimentos inevitáveis ou o medo, ou outros transtornos mentais e pressões. Ao invés de uma verdadeira intenção de morrer, a tentativa de suicídio por vezes é interpretada como um "grito de socorro" para chamar a atenção ao seu desespero e seu desejo de fuga.[73] A maioria das pessoas que tentam suicidar-se não obtém sucesso em sua primeira tentativa e frequentemente tentam novamente em outro momento. Pessoas com tentativas anteriores têm mais probabilidade de realizarem o ato com sucesso, por isso é importante que a família e amigos se mantenham alerta e tomem medidas de prevenção contra novas tentativas.

Legislação
Antigamente, em Atenas, uma pessoa que havia cometido suicídio (sem a aprovação do Estado) era negada às honras de um funeral normal; a pessoa era enterrada sozinha, na periferia da cidade, sem lápide ou inscrição.[75] Um decreto-lei criminal emitido por Luís XIV de França em 1670 era muito mais grave em sua punição: o corpo do morto era atirado pelas ruas, virado para baixo, depois pendurado ou jogado em uma pilha de lixo, enquanto que todos os seus bens eram confiscados.[76] Em contrapartida, os soldados da Roma antiga e do Japão Feudal que haviam sido derrotados nas guerras eram obrigados a cometerem suicídio.
Modernamente, em algumas jurisdições, um ato incompleto ou ato de suicídio é considerada um crime. Mais comumente, um membro do grupo sobrevivente que ajudou na tentativa de suicídio enfrentará acusações criminais. No Brasil, se a ajuda for direcionada para um menor, a pena é aplicada em seu duplo e não considerada como homicídio. Na Itália e no Canadá, a instigação ao suicídio a outrem também é uma ofensa criminal. Em Cingapura, que presta assistência no suicídio de uma pessoa com deficiência mental, esta é uma ofensa capital. Na Índia, o suicídio, a cumplicidade de um menor ou uma pessoa com problemas mentais podem resultar em um prazo máximo de prisão de 1 ano com uma possível multa.[77]
Na Alemanha, as seguintes leis se aplicam no caso do suicídio:[78]
  • eutanásia ativa (morte a pedido do próprio paciente) é proibida pelo artigo 216 do Código Penal (Strafgesetzbuch, Código Penal alemão), punível com pena de seis meses a cinco anos de prisão;
  • a lei alemã interpreta o suicídio como um acidente e todas as pessoas presentes durante o ato podem ser processadas por não prestar auxílio e caso de emergência. Um suicídio torna-se legalmente emergencial quando uma pessoa perde a consciência suicida. A falta de prestação de auxílio é punível nos termos do artigo 323C do Código Penal Suíço, com uma pena de prisão máxima de um ano.

Interpretações religiosas
Na maioria das escolas do Cristianismo, o suicídio é considerado um pecado, baseado principalmente em escritos de influentes pensadores da Idade Média como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino; o suicídio não era considerado um pecado sob o código de Justianiano do Império Bizantino, no entanto.[79][80] Na doutrina católica, o argumento é baseado no mandamento "Não matarás" (aplicado no âmbito do Novo Testamento por Jesus em Mateus 19:18), bem como a idéia de que a vida é um dom dado por Deus que não deve ser desprezada, e que o suicídio é contra a ordem "natural" e, portanto, interfere com os planos de Deus para dominar o mundo.[81][82]
Judaísmo enfoca a importância da valorização da vida, e como tal, o suicídio é o mesmo que negar a bondade de Deus no mundo. Apesar disso, em circunstâncias extremas, quando não pareceu nenhuma escolha mas para qualquer ser mortos ou forçados a trair a sua religião, os judeus cometem suicídio individual ou suicídio em massa (ver Massada, primeiro francês a perseguição dos judeus, e Nova York Castle, por exemplo) e como um lembrete desagradável há mesmo uma oração na liturgia judaica para "quando a faca na garganta", para aqueles que estão morrendo "para santificar o nome de Deus" (Ver: martírio). Estes actos não receberam respostas misturadas pelas autoridades judaicas, considerados ambos como exemplos de martírio heróico, enquanto outros afirmam que era errado para eles tomarem suas próprias vidas em antecipação do martírio.[83]
O suicídio não é permitido na religião do Islã;[84] contudo, martirizando-se para Deus (durante o combate) não é o mesmo de completar o suicídio. Suicídio no Islã é visto como um sinal de descrença em Deus.[85] Entretanto, a utilização de suicídio é praticada por grupos radicais como o Hamase a Al-Qaeda no Iraque.
No Hinduismo, o suicídio é desaprovado e é considerado tanto pecaminoso como matar outra pessoa. Os textos hindus dizem que quem comete suicídio passará a fazer parte do espírito do mundo, vagando pela Terra até o dia em que deveria ter falecido, caso não houvesse cometido suicídio.[86]
Segundo o Budismo, o passado dos indivíduos atua fortemente na influência que experimentam no presente; atos presentes, por sua vez, tornam-se a influência de fundo para experiências futuras (carma). As ações produzidas pela mente, pelo corpo e pela reação, ou repercussão, por sua vez, são a causa das condições (boas e más) de que nos deparamos no mundo de hoje.
Algumas seitas religiosas fazem cultos ao suicídio, como a Ordem do Templo Solar, a Heaven's Gate, a Peoples Temple e outras.

Suicidio e religião
Durkheim, em sua teoria sobre o suicídio, acredita que a religião promove valores compartilhados, interação e limites sociais fortes que evitam que o indivíduo se sinta isolado e, ao mesmo tempo, estabelecem um conjunto de ideais pelos quais viver, constituindo-se em um fator protetor contra o suicídio.[88] Alguns estudos internacionais mostraram que realmente ter uma religião diminui o número de tentativas de suicídio e aumentam a averssão a esse ato. [89]
Porém mesmo com o cristianismo condenando o suicídio em um estudo brasileiro a frequência de ideação suicida significativa foi encontrada em 26,4% dos católicos, 24% dos evangélicos, 13,3% dos espíritas/outros e apenas 10% de pessoas que se definiam sem religião. Analisando do ponto de vista da intensidade da religião em sua vida 24% dos muito religiosos tinham ideação suicida, 21% dos moderadamente religiosos e 32,1% dos pouco religiosos. Um aumento de depressão maior também foi encontrado entre religiosos (30%) em comparação a pessoas sem religião (20%).[90]. Outro estudo brasileiro mostrou que religião, nível de ortodoxia e nem mesmo o medo da morte servem como prediçao da aceitação do suicídio. 

Filosofia
Alguns vêem o suicídio como um assunto legítimo de escolha pessoal e um direito humano (coloquialmente conhecido como o "direito de morrer"), e alegam que ninguém deveria ser obrigado a sofrer contra a sua vontade, sobretudo de condições como doenças incuráveis, doenças mentais, e idade avançada que não têm nenhuma possibilidade de melhoria. Os defensores deste ponto de vista rejeitam a crença de que o suicídio é sempre irracional, argumentando às vezes que ele pode ser um último recurso válido para aquelas dores maiores persistentes traumas. Essa perspectiva é mais popular na Europa continental, onde a eutanásia e outros temas, como são comumente discutidas no parlamento, tem uma boa dose de apoio.[92]
Um segmento mais estreito desse grupo considera o suicídio como uma escolha grave mas condenável em algumas circunstâncias e um direito sagrado que todos tem (mesmo as pessoas jovens e saudáveis), que acredita que eles têm plena consciência racional para decidirem sobre suas próprias vidas. Adeptos notáveis dessa escola de pensamento inclui o filósofo pessimista Arthur Schopenhauer,[93] Friedrich Nietzsche, e o empirista escocês David Hume.[94] Os adeptos desta visão muitas vezes defendem a revogação das leis que restringem as liberdades dos povos conhecidos por serem suicidas, bem como as leis que permitem o seu compromisso involuntário em hospitais mentais.

Interpretações psicologicas
Indicativos de ideação suicida
Segundo a psicologia, existem vários comportamentos que indicam a possibilidade de ideação suicida. Dentre eles o relato de querer desaparecer, dormir para sempre, ir embora e nunca mais voltar ou mesmo objetivamente o relato do desejo de morrer, mesmo numa brincadeira, devem ser considerados indícios significativos.
Um importante indicativo é o uso abusivo de álcool, especialmente quando o início for precoce, existir um histórico familiar de alcoolismo e houverem eventos disruptivos recentes ou perda de uma relação interpessoal importante. [95]
Outro importante indicativo é o uso drogas ilegais. Enquanto pessoas com histórico de abuso de drogas tem mais de 50 vezes mais probabilidade de tentar suicídio do que os que nunca usaram. Mais de 40% dos suicidas tem histórico de abuso de álcool ou outra substância. [96]
Quanto mais comportamentos indicativos mais provável a ideação e necessidade de intervenção. Outros comportamentos associados com tentativas de suicídio e que devem ser tratados como alerta são:
Outros fatores importantes que devem ser considerados é o acesso ao método de suicídio, a existência de planos, tentativas anteriores, eventos estressores recentes (especialmente relacionados a morte), idade (35% dos adolescentes entre 13 e 19 anos tem ideação suicida[100] e maiores de 65 também tem maior ideação) e a rede de apoio social. A Escala de Ideação Suicida de Beck pode ser usada para medir a gravidade dessa ideação.

Intervenção em crise
Ainda segundo a psicologia, caso seja identificado ideação suicida em alguém algumas das medidas que podem ser tomadas para evitar a conclusão do ato é[101]:
  • Colocar a pessoa em acompanhamento psicológico
  • Mobilizar a rede social de apoio (família, parceiro(a), amigos...)
  • Em casos graves, internação em um Centro de Atenção Psicossocial(CAPS)
  • Fazer um contrato de vida, onde a pessoa se compromete a ligar para pessoas de sua confiança antes de cometer o suicídio
  • Monitoramento regular
  • Restringir acesso a álcool e drogas
  • Retirar acesso aos métodos (como armas e pesticidas) do ambiente
  • Conversar sobre alternativas para solução dos problemas atuais e de como encará-los de uma forma mais saudável
Família e amigos devem ficar alerta para pessoas com ideação suicida que começaram a usar antidepressivos. Medicação antidepressiva apesar de diminuir a ideação a longo prazo, nos primeiros meses aumenta bastante os riscos, ao melhorar a capacidade do indivíduo de tomar decisões e tomar atitudes, e por isso precisa de acompanhamento constante.[102]
Contenção física pode ser necessária durante uma tentativa. Conseguir conter o momento de crise e o impulso de se matar frequemente é eficaz para prevenir o suicídio temporariamente. A intervenção em crise geralmente é pontual durando de duas a seis sessões. Intervenções preventivas feitas em comunidades teve bom resultados como forma de preparar as pessoas a lidar com crises e fazer um acolhimento mais adequado


No momento de tentativa
No momento da tentativa é importante lembrar a pessoa das pessoas que gostam dela, do quanto elas sofreriam se ele morresse, oferecer ajuda para resolver seus problemas, levar a pessoa a pensar mais a longo prazo e, caso ela possua religião, lembrar das punições para suicidas de sua religião



Um comentário:

  1. ual \o/
    nunca li tanta informação importante
    assim,para mim, quanto essa postagem
    muitíssimo obrigado ao blogayro
    fuuuuui

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